quarta-feira, 25 de julho de 2007

"Problemas modernos" ou "Quem foi que inventou o asfalto?"

A pista de Congonhas não tinha buraquinhos pra água da chuva escorrer. O teto do Aeroporto de Campinas caiu por infiltração da água da chuva. Teve um monte de enchente na Grã-Bretanha. Eu perdi meu guarda chuva grande vermelho e prata. (Aliás, se vc achar um, é meu, ganhei de presente e pago bem pra ter de volta)

Com tudo isso, fiquei puta com uma série de coisas.

Entre elas, me incomodou muito o empurra-empurra entre os possíveis responsáveis pelo acidente da TAM, reforçado por uma mídia que cansa de tão maniqueísta que é. A discussão não é se a culpa é da Infraero ou da TAM e eu tô pouco me fodendo se o cara ficou feliz com a matéria que apareceu na Globo, amenizando a culpa dele. Parou! Como assim? Não é um jogo de quem se livra melhor e mais rápido das culpas e responsabilidades. Morreu uma galera. Isso é foda. Hora de sentar e pensar como fazer pra isso parar de acontecer. Até porque, a discussão de se a culpa é da TAM ou da Infraero é muito vazia e furada. Não é simplista a coisa, é complexa. Um erro sozinho e isolado não faz uma tragédia dessas. É um conjunto. E conjunto de erros, pra ser corrigido, pede união, não peleja babaca, como a que tá rolando.

Outra coisa que me irritou muito, foram as cinco chuvas que tomei em dois dias. Só chove em mim. E no meio do caminho, que é pra não dar tempo de voltar. E, claro, a temporada de chuvas eternas começou no dia em que eu percebi que tinha perdido meu lindo e enorme guarda-chuva.

Além disso, ou melhor, aquém disso, me veio uma questão mais simples. Fica claro que nossa relação com a água tá meio esquisita, não? A chuva não era aquele negócio bonito que fazia plantinhas crescerem e a terra ficar cheirosa? Ah, sim... hoje tem menos plantinhas... E, também, parece que cobriram a terra com um troço cinza que chamam de asfalto. Porque é mais fácil de deslizar a roda do carro, por exemplo. É, é mais fácil de deslizar.

Eu, apesar de quase-gripada em função dos últimos dias, ainda gosto de chuva. E de água. Por enquanto.

3 comentários:

Leca disse...

Todos somos plantinhas... morrendo afogadas!

Juli =) disse...

Tentando, tentando, tentando respirar... eita, cadê a superfície?

Adroaldo Bauer disse...

Juli=)

Eu estava gripado e não saí. Não achei teu guarda-chuva e não molhei meu pé. Gostei de bolão do teu texto sobre as vergonhas expostas em congonhas.
Não seria sombrinha, menina?
Antes tarde que mais tarde, agradeço teu gentil comentário para Juliaura em meu bloguinho.