sábado, 23 de maio de 2009

Sobre o trabalho II

Foi o Leonardo Boff quem escreveu...

Trabaho e cuidado

Desde a mais remota antiguidade, assistimos a um drama de graves conseqüências: a ruptura entre o trabalho e o cuidado. Nos últimos 10 mil anos, de forma lenta mas persistente, o trabalho começou a predominar sobre o cuidado - trabalho feito como frenética busca de eficácia, como afã nervoso de produção e ânsia incontida de dominação das forças da natureza.

Essa corrida se acelerou enormemente com a implantação, nos três últimos séculos, do processo industrialista que tomou conta de toda a terra. Estabeleceu uma verdadeira ditadura do trabalho-produção e do trabalho-intervenção em todos os processos da natureza.

O trabalho não é mais relacionado com a modelagem da natureza para morarmos mais e melhor. Virou um meio de ficarmos mais ricos sem definirmos o sentido e a destinação da riqueza, que virou um fim em si mesma, escravizando o ser humano à seguinte lógica: quem não tem quer ter, quem tem quer ter mais, quem tem mais diz que nunca é o suficiente.

Só o resgate do cuidado poderá nos salvar [Ok, essa parte é um pouco apocalíptica, mas lembre-se que ele era padre e isso influencia o texto e talz] O cuidado não se opõe ao trabalho, mas faz com que ele sirv à vida, à produção de felicidde e à instauração da convivência. O cuidado ajuda a encontrar a justa medida entre o esforço para garantirmos o viver bem de todos e o tempo para estarmos juntos e celebrarmos a gratuidade da vida e (...)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sobre o trabalho I

Há muitas coisas que se dizer sobre esse negócio cheio de obrigações, deveres, sofrimentos e dinheiro que convencionou-se chamar trabalho e que, dizem as muito más línguas, dignifica o homem. Sim, essa idéia magnífica que te impede de estar na praia agora mesmo...

Vou começar com duas observações, só pra aquecer.

1. Não fui eu que disse...

Compartilho aqui uma denúncia que o Departamento de Marketing do Metrô de São Paulo fez contra o próprio metrô em forma de propaganda exposta vergonhasamente no vagão.

"A 30 metros de profundidade fervilha uma verdadeira cidade com mais de 40 mil homens trabalhando dia e noite, sem parar"

Escravidão moderna?

2. Fui eu que pensei...

"Como eu arranjo tempo pra arranjar uma fonte de renda/ um trabalho se eu estou usando todo o meu tempo pra viver?"