quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Blah + Resoluções de fim de ano parte 1

Não é das coisas mais confortáveis notar que a minha segurança - não tô falando de polícia, tô falando de segurança emocional - depende de fatores externos a mim e, em alguma medida, o meio e, sobretudo, os outros (não só no sentido de qualquer outro, todo mundo, o próximo, mas os outros "importantes", aqueles que te ajudam a dar sentido pra vida) influem muito mais na minha personalidade do que eu posso admitir sem ficar vermelha.

Talvez seja esse clima fim de ano, fim de um 2009 estranho, contraditório, incrível e horrível ao mesmo tempo. O fato é que acordei nos últimos dias me sentindo um pequeno pedaço de nada. Sabe aquela sensação que a gente tem a primeira vez que olha imagens da imensidão do universo e compara, assim mais ou menos, com o nosso próprio tamanho e fala "caralho, eu não faço diferença nenhuma?", pois.

E não, isso não é um draminha do tipo "por favor, alguém diga que eu sou importante", porque isso, aliás, nem me convenceria. É uma constatação que a minha cabeça retoma de tempos em tempos. E a pergunta seguinte é: "ok, mas por que você queria ser importante mesmo?". É, eu nem queria.

Resolução de ano novo - parte 1:

- conquistar a autonomia da minha segurança emocional (hahahahaha! Ficou engraçada essa mistura de palavras de auto-ajuda);
- parar de ligar pra importância que eu não tenho no mundo;
- tomar injeções semanais de crianças;
- admitir definitivamente que eu não nasci numa comunidade interessante, ativa, mobilizada, consciente e que agora eu tenho que me virar se quizer fazer parte de algo potente.
- nunca mais tosar o rabo do gato (ok, essa não tá no lugar muito apropriado da lista)

3 comentários:

Maurício Alcântara disse...

Paco que o diga...

Juli =) disse...

hahahahahahahaha! Coitado do Paco. Vc já viu ele depois que virou rato? Tem que ver...

Bjo!

Maurício Alcântara disse...

Não vi. Quero ver, hahaha.