quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu pequeno-burguesa

Um produto, um tipo

Eu sou um monte de fragilidades
+ um monte de dúvidas
Algum encantamento
+ um punhado de esperança...

Eu sou um monte de afirmações
Um monte de tentativas
+ um bom tanto de voltas atrás
e outro tanto de frustrações

Eu sou um monte de enormes medos
+ um poço bem fundo de desejos
Cheinha de um grande vazio
E + um conjunto de respostas prontas que eu mesma desconstruo

Eu sou, enfim, mais uma dessas muitas

Dessas que procuram, cegas, arrumar em algum lugar algum sentido pra vida maior do que esse pouco sentido que ela de fato tem. Depois, pouco depois, meio enfraquecida da ressaca, do trabalho ou da dor de garganta... desiste... joga um olhar melancólico para a vida e vai brincar de esconde-esconde com o gato.

(Escrito entre 17 e 18/1 depois de mais um encontro transformador com a pessoa que mais me inspirou até hoje. Dela, falaremos mais...)

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