terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sutilezas de aprender a estar consigo

Ausência
Carlos Drumond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta
E lastimava, ignorante, a falta
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência
A ausência é um estar em mim
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Um comentário:

Endy disse...

juli, como andam as coisas...
belo poema do drummond...da ausencia contida! saudades tuas!
bjo