segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

te remo

ei, você,
que passou a morar em mim
bem enquanto eu morava no movimento...
EU TE AUTORIZO

a mover-se
a amar
a correr
a não pedir autorização
a mudar
a fluir

ainda que o impulso
seja o correr das minhas lágrimas

eu te remo
cachoeira abaixo
e sorrio pro meu próprio medo,
que ficou molhado
junto com o seu cabelo.

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