domingo, 6 de setembro de 2009

Reflexões sobre o deserto de concreto

Quem foi que teve a idéia de planejar a solidão?




Conceber o isolado, o vazio no meio da imensidão?











Será que é da nossa natureza querer sentir-se









indivíduo?













É assim que a capital monumental das enormes distâncias me faz sentir:













indivíduo













- descolado, distante, frio, só... meio que congelado e esvaziado de potência.

Onde tudo o que há de grande e forte é concreto e até grandes coletivos pareceriam ínfimos formigueiros diante de construções feitas de operários mortos... o que é se ser um?

Ok. Ser um, estar só por propósito, pode, sim, exercer-se como afirmação de individualidade, como a paz do "eu" sem rótulos. Mas, se a busca é por paz... olha... eu escolheria um lugar mais bonito e vivo. Mais verde. Mas verdade.

Eu iria pro mar.

Que em Brasília a solidão é mais só.

4 comentários:

Anônimo disse...

Quem alcançou em alguma medida a liberdade da razão, não pode se sentir mais que um andarilho sobre a terra – e não um viajante que se dirige a uma meta final: pois esta não existe... Quando surgir então para ele o sol matinal, ardente como uma divindade da ira, quando para ele se abrir a cidade, verá talvez, nos rostos que nela vivem, ainda mais deserto, sujeira, ilusão, insegurança do que no outro lado do portão... nietzche

realmente prefiro o mar... prefiro estar só numa multidão de água do que só numa multidão de areia... talvez porque a água mesmo morta tenha mais vida do que a areia... mais movimento... é livre... ou pelo menos remete à liberdade... o avião morto pousado no cerrado... cercado por um lago parado é só uma visão mais clara do absurdo da cultura de manifestar o abstrato através do cimento e concreto... sobreposta a natura concreta das moléculas e da vida das coisas...

Juli =) disse...

Ei, menino.

Felizmente, gosto de considerar uma descoberta concreta dos últimos dias: em meio à mais fria areia-concreto-sem-movimento pode haver movimento humano. Ele é incessantemente mandado para longe, mas é teimoso e insistente. Ainda bem. Há vida no avião morto. E há vida, mais que tudo, em volta dele.

Obrigada por vir aqui.
bjo

vida louca disse...

VIDA LOUCA
E AI MALUCO,BLZ VC É O CARA,ESTE É UM PLANETA DE PALAVRAS NEUTRAS MOVIVEIS E VERSATEIS QUE DE RODIZIO PELA PONTE VAO TER A MARGEM OPOSTA.QUE EM TEMPOS DE ESPERA NOS FOI SONEGADA.ENTENDA? ABRAÇOS.

vida louca disse...

TONNY BOI PEBA BAHIA.