quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Da falta de sentido e dos sentidos que a gente deixa pelo caminho

De volta às aulas. Terminada a segunda semana de aulas, já concluí que carrego um peso até o fim de 2008. Um peso cada vez mais pesado. O peso de assumir uma experiência que já não faz mais sentido, não acrescenta, não é desejada. E de compartilhar essa expriência com quem não se escolheu.

Terminada a segunda semana, encontro os mesmo rostos, os mesmo discursos, as mesmas limitações. Pra ser respeitado, afinal, é preciso ser limitador. Encontro, de novo, coisas que não consigo mudar, mas que sei que não quero pra mim do jeito que são. Coisas que passam por mim, machucando um pouquinho, mas só passam, porque não fazem parte, porque são só superfície.

Terminada a segunda semana me deparo com a minha covardia. Continuar pra quê? Sem resposta. E por que parar? Sem resposta. Pelo quê trocar isso? Sem resposta.

No entanto, não está muito distante no passado o mês de novembro do ano de 2007, mês em que abandonei pelo menos três oficinas culturais (palhaçaria, teatro de rua e acrobacia) no meio, uma delas ministrada por uma das pessoas mais encantadoras que já conheci. Abandonei com alívio, porque era uma preocupação acumulada. Abandonei com facilidade.

Agora me pergunto: como descartamos com tal displicência tantos sentidos pelo caminho e aceitamos, com a mesmíssima dispicência, viver num mar de falta deles?

3 comentários:

Endy disse...

Ju, cada vez fica mais dificil levar a vida, assim por levar, leve e docemente nas costas...coragem de abandonar o que nao nos preenche, coragem de continuar aquilo que nos levará em algum lugar, ou não! Que bom que pensa, melhor ainda ler o que escreve! Saudades mocinha, bjos

Stanley Alexander disse...

E me pergunto quanto tempo demorei pra encontrar este pedacinho teu!!!

Juli =) disse...

Que bom que você encontrou. Volte sempre, pra conhecê-lo mais. Beijoca.