A pista de Congonhas não tinha buraquinhos pra água da chuva escorrer. O teto do Aeroporto de Campinas caiu por infiltração da água da chuva. Teve um monte de enchente na Grã-Bretanha. Eu perdi meu guarda chuva grande vermelho e prata. (Aliás, se vc achar um, é meu, ganhei de presente e pago bem pra ter de volta)
Com tudo isso, fiquei puta com uma série de coisas.
Entre elas, me incomodou muito o empurra-empurra entre os possíveis responsáveis pelo acidente da TAM, reforçado por uma mídia que cansa de tão maniqueísta que é. A discussão não é se a culpa é da Infraero ou da TAM e eu tô pouco me fodendo se o cara ficou feliz com a matéria que apareceu na Globo, amenizando a culpa dele. Parou! Como assim? Não é um jogo de quem se livra melhor e mais rápido das culpas e responsabilidades. Morreu uma galera. Isso é foda. Hora de sentar e pensar como fazer pra isso parar de acontecer. Até porque, a discussão de se a culpa é da TAM ou da Infraero é muito vazia e furada. Não é simplista a coisa, é complexa. Um erro sozinho e isolado não faz uma tragédia dessas. É um conjunto. E conjunto de erros, pra ser corrigido, pede união, não peleja babaca, como a que tá rolando.
Outra coisa que me irritou muito, foram as cinco chuvas que tomei em dois dias. Só chove em mim. E no meio do caminho, que é pra não dar tempo de voltar. E, claro, a temporada de chuvas eternas começou no dia em que eu percebi que tinha perdido meu lindo e enorme guarda-chuva.
Além disso, ou melhor, aquém disso, me veio uma questão mais simples. Fica claro que nossa relação com a água tá meio esquisita, não? A chuva não era aquele negócio bonito que fazia plantinhas crescerem e a terra ficar cheirosa? Ah, sim... hoje tem menos plantinhas... E, também, parece que cobriram a terra com um troço cinza que chamam de asfalto. Porque é mais fácil de deslizar a roda do carro, por exemplo. É, é mais fácil de deslizar.
Eu, apesar de quase-gripada em função dos últimos dias, ainda gosto de chuva. E de água. Por enquanto.